Reanimação do Prematuro < 34 semanas em sala de parto: Diretrizes 2016
Nos dias 07 e 10 de abril, os residentes de neonatologia e
de pediatria do HMI participaram do curso de reanimação do prematuro < 34
semanas, de acordo com as novas diretrizes da SBP, divulgadas em 2016. Eu já havia
participado deste treinamento quando era R2 de pediatria, vou então focar nas
mudanças.
Vamos ao texto:
Introdução
A sobrevida de
recém-nascidos prematuros(RNPT), definidos como
os nascidos vivos com
idade gestacional <37 semanas,
reflete a estrutura e a
qualidade do cuidado antenatal, da
assistência ao trabalho
de parto e
parto e do atendimento neonatal. A maioria deles precisa de ajuda
para iniciar a transição cardiorrespiratória.
Essa elevada necessidade de ajuda para iniciar a respiração
efetiva e de reanimação propriamente dita deve-se, de modo geral, à imaturidade
fisiológica e anatômica. Tais paciente têm grande propensão à perda de calor
por apresentarem pele fina, pouco queratinizada, com tecido subcutâneo escasso,
peso relativamente baixo em relação à superfície corporal, seio cavernoso
exposto sob a fontanela bregmática ainda não ossificada.
Como há imaturidade dos pulmões, do surfactante, da
musculatura e da caixa torácica, e ainda, imaturidade do sistema nervoso
central, a respiração logo após o nascimento é pouco efetiva. A transição
cardiocirculatória tem como obstáculo a dificuldade de adaptação volêmica, com
propensão à hipotensão, e a fragilidade capilar, que facilita o extravasamento sanguíneo.
O Preparo para a assistência
O preparo consiste em: anamnese materna, disposição do
material necessário e da equipe especializada com treinamento adequado.

Todo material para a reanimação deve ser testado e estar
disponível em local de fácil acesso antes do nascimento.
É fundamental a presença de pelo menos 2-3 profissionais de
saúde com a responsabilidade única de atender o RNPT; destes, pelo menos um
pediatra, apto a intubar e indicar massagem cardíaca e medicações.
Lembrar de usar as precauções-padrão em sala de parto:
lavagem/higienização correta das mãos, uso de luvas, aventais e máscara.
Material necessário para reanimação neonatal na sala de parto
-Sala de parto e/ou de reanimação com temperatura ambiente
de 23-26°C e:
-mesa de reanimação com acesso por 3 lados
-fontes de oxigênio umidificado e de ar comprimido, com
fluxômetro
-blender para mistura oxigênio/ar
-aspirador a vácuo com manômetro
-relógio de parede com ponteiro de segundos
Material para manutenção de temperatura
-fonte de calor radiante
-termômetro ambiente digital
-campo cirúrgico e compressas de algodão estéreis
-saco de polietileno de 30x50cm para prematuro
-touca de lã ou algodão
-colchão térmico químico para 25x40cm para prematuro
<1000g
-termômetro clínico digital
Material para avaliação
-estetoscópio neonatal
-oxímetro de pulso com sensor neonatal
-monitor cardíaco de 3 vias com eletrodos
-bandagem elástica para fixar o sensor do oxímetro e os
eletrodos
Material para aspiração
-sondas: traqueais N° 6, 8 e 10 e gástricas curtas N° 6 e 8
-dispositivo para aspiração de mecônio
-seringas de 10 mL
Material para ventilação
-reanimador manual neonatal (balão autoinflável com volume máximo
de 750 mL, reservatório de O2 e válvula de escape com limite de 30-40 cm H 2O
e/ou manômetro)
-ventilador mecânico manual neonatal em T com circuitos
próprios
-máscaras redondas com coxim N° 00, 0 e 1
-máscara laríngea para recém
-nascido N° 1
Material para intubação traqueal
-laringoscópio infantil com lâmina reta N° 00, 0 e 1
-cânulas traqueais sem balonete, de diâmetro interno
uniforme 2,5/ 3,0/ 3,5 e 4,0 mm
-material para fixação da cânula: fita adesiva e algodão com
SF
-pilhas e lâmpadas sobressalentes para laringoscópio
-detector colorimétrico de CO2 expirado
Medicações
-adrenalina 1/10.000 em 1 seringa de 5,0 mL para
administração única endotraqueal
-adrenalina 1/10.000 em seringa de 1,0 mL para administração
endovenosa
-expansor de volume (soro fisiológico) em 2 seringas de 20
mL
Material para cateterismo umbilical
-campo fenestrado esterilizado, cadarço de algodão e gaze
-pinça tipo kelly reta de 14cm e cabo de bisturi com lâmina
N° 21
-porta agulha de 11cm e fio agulhado mononylon 4.0
-cateter umbilical 3,5F, 5F e 8F de PVC ou poliuretano
-torneira de 3 vias
Outros
-luvas e óculos de proteção individual para os profissionais
de saúde
-gazes esterilizadas e álcool etílico
-cabo e lâmina de bisturi
-tesoura de ponta romba e clampeador de cordão umbilical.
Clampeamento do cordão umbilical
Se após a extração completa do concepto do corpo materno o
RN começo a chorar ou respirar, está ativo, com boa vitalidade, pode-se
aguardar 30-60 segundos para o clampeamento definitivo do cordão umbilical.
Durante este período o RN ode ser posicionado no abdome ou tórax materno,
tomando-se o cuidado de secar rapidamente e envolver a fontanela e o corpo em
campo estéril e aquecido. Esta medida resulta em menor frequência de hemorragia
intracraniana e enterocolite, além de diminuir a necessidade de transfusões,
porém aumenta a bilirrubina indireta com indicação de fototerapia.
Se a circulação placentária não estiver intacta ou se o RN
não iniciar respiração/choro ou não estiver com boa vitalidade deve-se clampear
imediatamente o cordão umbilical.
A ordenha do cordão umbilical não está indicada.
Passos iniciais da estabilização/reanimação
Todos os RNs menores de 34 semanas precisam ser conduzidos à
mesa de reanimação após o clampeamento do cordão. Os passos iniciais da
reanimação devem ser iniciados em, no máximo, 30 segundos e incluem: evitar a
perda de calor corporal, manter as vias aéreas pérvias e locar o sensor de
oxímetro de pulso. Esta é uma mudança da nova diretriz: TODOS os RNPT< 34
semanas devem ser monitorizados com oxímetro de pulso em sala de parto.
A temperatura axilar deve ser mantida entre 36.5-37.5°C, da
sala de parto até a admissão em UTINN. É importante que a sala de parto esteja
em temperatura entre 23-26°C.
Outra mudança da nova diretriz é que todos os menores de 24
semanas devem ser colocados em saco plásticos assim que posicionados na mesa de
reanimação, independente do peso. Logo após ser posicionado sob fonte de calor
radiante, sem secar, o corpo do RN deve ser introduzido dentro do saco
plástico, exceto a face. Além disso, usar toca dupla para reduzir a perda de
calor na fontanela: cobrir o couro cabeludo com saco plástico e, por cima,
colocar touca de lã ou algodão.
Para manter via aérea pérvia, posiciona-se o pescoço do RNPT
em leve extensão. E mais uma mudança: a aspiração está reservada àqueles que
apresentem obstrução da via aérea por excesso de secreção; NÃO deve-se mais
aspirar todos os prematuros.
Enquanto estão sendo realizadas as medidas para prover calor
e manter perviedade da via aérea, locar o sensor do oxímetro de pulso no membro
superior direito, simultaneamente. Para que o sinal seja obtido com maior
rapidez, o oxímetro deve ser ligado, o sensor deve ser colocado na palma da mão
ou no pulso radial direito e depois o sensor deve ser conectado ao cabo.
Depois de feitos os passos iniciais, avaliar: FC, respiração
e saturação.
Avaliação do RN durante a estabilização/reanimação
As decisões quanto à estabilização reanimação dependem da
avaliação simultânea da FC, da respiração e da oximetria.
Para avaliar a respiração deve-se observar a expansão da
caixa torácica e a presença de choro. Os movimentos respiratórios devem ser regulares
e suficientes para manter FC>100. A respiração é inadequada quando não há
movimentos respiratórios ou eles são irregulares ou do tipo “gasping”. É importante
frisar que esforço/desconforto respiratório é diferente de ritmo respiratório
irregular.
A FC é o principal determinante de se iniciar ou não
manobras de reanimação e, por isso, deve ser avaliada de maneira rápida, curada
e confiável. Logo após os passos iniciais a avaliação deve ser feita por meio
da ausculta do precórdio com estetoscópio. Se a FC estiver menor que 100 bpm ou
a respiração estiver inadequada, enquanto um profissional inicia VPP outro deve
colocar os três eletrodos do monitor cardíaco (colocar um eletrodo em cada braço
e o outro na face anterior da coxa, sem secar a pele). Este, inclusive, é outro
ponto de mudança na diretriz: antes não se usava monitor cardíaco em sala de
parto.
É importante ressaltar que o monitor é usado para avaliar FC
e não o ritmo cardíaco, que, aliás, pode ser anômalo logo após o nascimento.
Quanto à saturação, estes são os valores alvo nos primeiros
minutos de vida. A escolha dos percentis para intervenção não conta com
evidência científicas.
O boletim de Apgar não é usado para determinar manobras de
reanimação porém sua aplicação permite avaliar a resposta do RN às manobras
realizadas. Mesmo o RNPT que não necessita de reanimação pode receber um Apgar
baixo em função de sua imaturidade; e, caso seja menor que 7 no 5° minuto, deve
ser repetido a cada 5 minutos até o 20° minuto de vida.
Portanto, a conduta a ser seguida durante a reanimação
depende da avaliação da FC e do ritmo respiratório:
- O RNPT que está bem deve ser encaminhado à UCIN (no caso
do nosso serviço);
- O RNPT que tem FC>100 e desconforto respiratório ou sat
abaixo do esperado deve receber CPAP em sala de parto;
- O RNPT que tem respiração irregular, ou está em apneia ou
bradicárdico deve receber VPP ainda nos primeiros 60s de vida.
CPAP em sala de parto
Como já foi dito, seu uso é indicado em RNPT que apresenta
FC<100, respiração espontânea porém com desconforto respiratório e/ou
saturação menor que a esperada. Seu uso ajuda a manter os alvéolos não
colapsados, evitando o atelectrauma.
Deve ser aplicado por meio de máscara concetada ao circuito
do ventilador manual em T, com pressão de 4-6 cmH2O e fluxo gasoso de 5-15
l/minuto. A quantidade de oxigênio deve ser a menor possível para manter a
saturação dentro dos limites estabelecidos.
Ventilação com Pressão Positiva (VPP)
Se após os cuidados para manter a temperatura e as vias
aéreas pérvias, o RNPT estiver em apneia ou com respiração irregular e/ou
FC<100, a VPP está indicada.
É importante lembrar que a VPP é o procedimento mais
importante e efetivo para a reanimação em sala de parto.
Oxigênio suplementar
A VPP deve ser iniciada com concentração de oxigênio de 30%,
titulando-se a fração inspirada do gás através da monitorização da saturação
pré-ductal. Temos aqui mais uma mudança: antes começávamos com 40%.
Caso o RNPT não obtenha melhora da saturação com VPP com O2
à 30%, verificar e corrigir a técnica primeiro, caso ainda seja necessário,
aumentar a FiO2 em 20% e aguardar pelo menos 30 segundos para verificar a
saturação e indicar novos incrementos. Lembrar que a oferta de O2 deve ser
reduzida assim que possível.
Equipamentos para a ventilação
O ventilador mecânico manual em T fornece pressão
inspiratória, volume corrente, tempo inspiratório e PEEP de maneira mais
confiável que o balão auto inflável e, por isso, tem sido utilizado de maneira
crescente para reanimação em sala de parto.
O balão auto inflável não preenche todos os requisitos mas,
devido à sua praticidade, deve estar sempre disponível e pronto para uso caso o
ventilador manual em T não funcione de forma adequada.
As máscaras faciais devem ser de tamanho adequado ao RNPT, cobrindo
a ponta do queixo, a boca e o nariz, sem cobrir os olhos. As cânulas traqueais
devem ser de diâmetro uniforme, sem balão, com linha radiopaca e marcador de
corda vocal; os diâmetros devem ser:
- <28 semanas ou P<1000g: 2.5
- Entre 28-34 ou peso entre 1000g-2000g: 3.0
VPP por meio da máscara facial
Para iniciar a VPP, no ventilador manual em T, fixar o fluxo
gasoso em 5-15L/min, limitar a pressão máxima do circuito em 30-40 cmH2O,
selecionar a pressão inspiratória a ser aplicada em cada ventilação, em torno
de 20-25 cmH2O e ajustar a PEEP em 4-6 cmH2O, com concentração inicial de O2 de
30%. A frequência deve ser de 40-60 movimentos por minuto (“ocluuui/solta/solta).
Reajustar a pressão inspiratória após as cinco primeiras ventilações.
Quando não for possível usar o ventilador manual em T,
iniciar a VPP com balão auto inflável, no mesmo ritmo (“aperta/solta/solta”),
ajustando a pressão de forma a manter a FC>100.
Durante o procedimento a técnica deve ser continuamente
reavaliada. O principal indicador de que a VPP está sendo efetiva é o aumento
da FC.
Se após 30 segundos de VPP o RNPT apresentar FC>100 e
respiração espontânea e regular, deve-se parar a VPP e avaliar a necessidade de
CPAP em sala de parto e a transferência para a UCIN.
Se após 30 segundos o RNPT não apresenta FC>100 e/ou
respiração regular, deve-se corrigir a técnica. Se após a correção da técnica
não houver melhora dos parâmetros, está indicada intubação.
VPP por meio da cânula traqueal
As indicações de VPP por meio de cânula traqueal em sala de
parto são:
- Ventilação com máscara facial não efetiva;
- Ventilação com máscara facial prolongada;
- Aplicação de massagem cardíaca;
Cada tentativa de intubação deve durar 30 segundos, caso não
se obtenha sucesso, retornar VPP com máscara e estabilizar o paciente antes de
nova tentativa.
O melhor método para a confirmação da posição da cânula na
traqueia é a detecção de CO2 exalado, sendo mais utilizado o colorimétrico. Na nossa
realidade a confirmação se dá através da ausculta das regiões axilares de
gástrica.
Para calcular o comprimento da cânula a ser inserido na
traqueia usa-se a idade gestacional, de acordo com a tabela abaixo. Caso a
idade gestacional seja desconhecida, usar a regra: peso estimado (Kg) +6.
Após a intubação inicia-se ventilação com ventilador manual
em T com os mesmos parâmetros que estavam sendo utilizados na máscara facial.
Após 30 segundos deve-se reavaliar a FC, a respiração e a
saturação. Se o RNPT apresentar FC>100 e movimentos respiratórios
espontâneos e regulares, a ventilação é suspensa, o RN extubado e considerado o
uso do CPAP.
Porém, se após 30 segundos o RN permanecer com FC<100
e/ou respiração irregular e saturação abaixo do esperado, pode-se aumentar a
FiO2 até 60-100% e continuar a ventilação. Caso a FC esteja menor que 60 bpm, a
massagem cardíaca está indicada.
Massagem cardíaca
A massagem cardíaca deve ser iniciada se após 30 segundos de
VPP com técnica adequada por meio de COT, com concentração de O2 de 60-100%, o
RNPT estiver com FC<60.
A técnica da massagem é a dos dois polegares sobrepostos
posicionados logo abaixo da linha intermamilar, poupando o apêndice xifoide. O restante
das mãos deve circundar o tórax. O profissional que faz a massagem deve
posicionar-se atrás da cabeça do RN enquanto aquele que ventila se desloca para
um dos lados. A profundidade das compressões deve englobar 1/3 da dimensão
ântero posterior do tórax; é importante permitir a reexpansão plena após a
compressão, porém os dedos não devem ser retirados do terço inferior do tórax.
A ventilação e a massagem são realizadas de forma
sincrônica: 3 movimentos de massagem para 1 de ventilação. A FC deve ser
reavaliada após 60s de massagem e VPP coordenadas, e deve continuar enquanto a
FC estiver <60. É de bom senso aumentar a FiO2 até 100% durante a massagem.
Considera-se melhora quando o RN apresentar FC>60, neste
momento deve-se suspender a massagem e continuar a VPP; no RN que necessitou de
massagem cardíaca é prudente transportá-lo intubado até a UCIN/UTINN.
Considera-se falha se após 60 segundos o RNPT mantiver
FC<60, neste caso, indica-se cateterismo umbilical de urgência e adrenalina.
Medicações
Quando a FC permanece <60 mesmo depois da ventilação por
COT com O2 à 100% e massagem cardíaca, ambos com técnica adequada, o uso de
adrenalina e/ou expansor de volume está indicado.
Para administração de medicações o cateter umbilical deve
ser inserido de emergência na veia umbilical, progredir apenas 1-2 cm após o
ânulo (periférico).
Enquanto o cateterismo umbilical está sendo preparado
pode-se administra UMA ÚNICA dose de adrenalina por via traqueal.
A adrenalina endovenosa deve ser diluída na dose de 1:10000
(na prática, 1 ml da solução 1:1000 diluído em 9 ml de AD), e a dose a ser
administrada é 0.01 a 0.03 ml/kg. Caso não haja reversão da bradicardia,
repetir a dose a cada 3-5 minutos e considerar o uso de expansor de volume.
O expansor de volume é indicado quando há sinais de
hipovolemia: perda de sangue, palidez, má perfusão e pulsos débeis. A expansão é feita com SF0.9% na dose de 10
ml/Kg em 5-10 minutos.
Transporte da Sala de Parto à Unidade Neonatal
O RNPT deve ser transportado, independente da distância do
centro obstétrico à unidade neonatal, em incubadora de transporte de dupla
parede. Infelizmente isso não acontece em nosso serviço, raríssimas vezes há
incubadora para o transporte até a UCIN.
Antes de iniciar o transporte posicionar um coxim entre as
escápulas, afim de manter a leve
extensão do pescoço; colocar também um travesseiro com orifício central para
diminuir a movimentação da cabeça durante o transporte.
Aspectos éticos da assistência ao RN em sala de parto
Em geral, os RNs menores de 23 semanas são muito imaturos
para sobreviver com a tecnologia atual e a oferta de conforto parece ser o mais
razoável nestes casos. Já os RNs com 25 semanas ou mais apresentam taxas
significativas de sobrevida, sem sequelas graves e devem, portanto, receber
intervenção máxima.
O problema maior concentra-se naqueles com idade gestacional
entre 23-24 semanas, pois a sobrevivência e o prognóstico são incertos e há
dúvidas sobre qual a melhor conduta a ser adotada e o grau de investimento e
intervenção a ser feito.
Outros fatores, além da idade gestacional e do peso ao
nascer, influenciam o risco de morte de prematuros extremos (corioamnionite,
desnutrição intrauterina, gemelaridade, uso de corticoide antenatal e outros) e
devem ser levados em consideração na tomada de decisão quanto ao início das
manobras de reanimação. A decisão deve ser sempre individualizada e
compartilhada com os pais.
Quanto à interrupção, a presença de assistolia (Apgar=0) aos
10 minutos de vida é um forte preditor de mortalidade e morbidade em todas as
idades gestacionais. De qualquer forma, a decisão de interromper a reanimação
deve ser sempre individualizada e levar em conta a aplicação correta das técnicas, a presença de cuidados intensivos neonatais, a causa e a duração da
agressão hipóxico-isquêmica e a decisão da família.
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